Escola Básica de Custóias (Matosinhos)

Escalão: 2.º e 3.º Ciclos

Memória descritiva:

Memória Descritiva Projeto Eco - Escolas - Agrupamento Irmãos Passos - Escola Básica de Custoias. "A minha terra em tecido" Tendo por base os objetivos do concurso, reutilizar roupa velha, descobrir e dar a conhecer o património nacional, regional, e local, apresentados em conselho Eco - Escolas, a professora de educação visual e coordenadora do projeto de artes Traço a traço se constrói…» decidiu implementar o mesmo nas suas aulas. O tema e as regras de concurso foram apresentados aos alunos de 8ºano. Analisou-se a importância de valorizar o nosso património, conhecendo-o, preservando-o e dando-o a conhecer como forma de manter e reforçar uma identidade, tornando-nos indivíduos melhores e mais conscientes. Da mesma forma a reutilização e a reinvenção a partir do que consideramos acabado reforça esse mesmo espírito, essa consciência cívica. Os alunos foram convidados a pesquisar sobre o local onde a escola se enquadra. Os seus costumes, arquitetura, locais de lazer, história, entre outros, que achassem relevantes no contexto do tema/concurso. A diretora de turma em reunião geral de encarregados de educação apresentou o tema e solicitou a ajuda dos encarregados de educação. No conselho intercalar a professora de educação visual apresentou o tema e informou os representantes de encarregados de educação e dos alunos, do ponto da situação e do apoio necessário relativamente a recolha de roupas usadas e ao desenvolvimento do projeto. Por outro lado, no projeto de artes, acima referido, a coordenadora responsável pelo mesmo, apresentou o tema aos alunos que o frequentam e que são oriundos de diversos níveis escolares, convidando-os também, a realizar pesquisa e recolha de roupas velhas. Durante as aulas analisou-se a recolha efetuada, selecionando-se materiais e imagens. Fizeram-se vários estudos a grafite e estudos de composição tendo em atenção os conteúdos programáticos do 8ºano. No projeto traço a traço… a realização/construção da atividade foi um pouco mais livre porque não se segue a estrutura programática do programa de educação visual, para além de que os alunos apresentam diversos níveis etários. Os pais aderiram ao projeto tendo alguns entregado em mão o material pedido. Na construção do objeto artístico pedido, os alunos tiveram sempre a preocupação de usar tecidos, fitas, botões, etc. retirados de roupa e adereços de vestuário velhos. Como alguns motivos estudados eram muito lineares, ou pediam alguma textura que nos tecidos não existia, criando alguma dificuldade técnica, optou-se por pintar, estampar e bordar nos tecidos esses motivos. Partiu-se do quadrado estipulado cozendo à mão e, ou à máquina, colando, sobrepondo e/ou justapondo configurações das formas sobre a quais, se pintaram e bordavam linhas pontos, texturas, brilhos. Todos os quadrados foram reforçados com tecido mais grosso ou feltro para dar consistência à forma quadrada, permitindo uma melhor leitura. Na construção dos trabalhos esteve sempre presente, uma das condicionantes do concurso, a leitura na vertical da imagem quando integrada no produto final. As imagens/ícones da região reportaram-se ao emblema da vila, ao coreto, objeto arquitetónico aglutinador de convívio situado no largo do Souto, centro da vila, local onde se deu o beija mão de D. Pedro e ponto de ligação entre vários núcleos comerciais do séc. XIX e onde decorria a feira dos moços. À ponte românica D. Goimil que liga o caminho Porto - Santiago de Compostela. A vieira, símbolo dos peregrinos que percorrem o mesmo caminho, também representante do santo da freguesia, Santiago de Custoias e ainda, a elementos que simbolizam, a vida agrícola do lugar, o fontanário, as espigas de milho, muito abundantes no meio envolvente à ponte D. Goimil que atravessa o rio Leça. Depois dos trabalhos realizados os professores envolvidos, e os alunos selecionaram aquele que melhor correspondia aos objetivos do concurso.